Que os animais farejam o pavor de uma presa ou de um congénere é algo que os zoólogos verificaram, embora ainda se desconheça que eflúvios corporais informam sobre esta circunstância. Por exemplo, os professores universitários de biologia sabem que os ratos reagem de forma diferente quando são sacrificados por eles ou pelos novos alunos, que evidenciam medo e ansiedade. Talvez o sistema olfactivo dos ratos (que, tal como o de muitos outros mamíferos, é muito mais desenvolvido do que o nosso) capte emanações das hormonas libertadas para lidar com o stress. É possível que este detector de pânico também exista no Homem, embora seja menos sensível. É o que pensa Denise Chen, psicóloga da Universidade Rice (Houston, Estados Unidos). Chen e a sua equipa submeteram um grupo de voluntários a uma primeira prova em que, durante uma sessão de filmes de terror, recolheram o suor das suas axilas. Numa segunda fase, as cobaias tinham de responder a uma série de perguntas enquanto cheiravam ao acaso pedaços de gaze impregnados com o odor axilar ou com outros aromas. O resultado foi que as respostas eram mais rápidas e correctas quando cheiravam o odor a medo.
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