Se continuarmos como até agora, não há dúvida que sim. A má gestão dos pesqueiros globalizou-se. Os países ricos exploram os oceanos de todo o mundo, pondo em risco as reservas de pescado, muitas das quais pertencem a países pobres. Cerca de 60% do peixe que consumimos na Europa é capturado nas águas não-comunitárias, segundo o Greenpeace. Por outro lado, desde há décadas que prolifera a aquicultura industrial, que os ecologistas consideram uma actividade poluente. Mas o destino dos peixes nem sempre é a frigideira: até 1996, esteve em funcionamento uma central eléctrica dinamarquesa que funcionava a óleo de peixe, e actualmente o Departamento de Energia dos Estados Unidos está a financiar um programa para forncecer a electricidade e aquecimento ao Alasca a partir de biomassa de peixe. E a razia não fica por aqui: tanto os peixes de aquicultura industrial como o gado e as aves de aviário se alimentam com rações de peixe, o que leva a que cada vez se pesque mais. Face a tudo isto, a opinião dos especialistas é pessimista: dentro de algumas décadas, poucas, poderemos ter acabado com todos os peixes que há no mar, comestíveis ou não.
Calcula-se que, em 2010, as capturas mundiais de peixe alcançarão os 120 milhões de toneladas por ano, mais 50% do que se pesca na actualidade. Sabendo que muitos pesqueiros já estão esgotados..
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