A primeira coisa que um animal selvagem faz antes de se dar aos prazeres da comida, do sexo e das outras necessidades básicas é inspeccionar os arredores. Segundo os especialistas, a retrete selvagem tem de se acessível e estar livre de espinhas, garras e dentes de inimigos. No entanto, os animais vivem numa liberdade em que as chamdas da Natureza são etendidas sem rodeios, como terá verificado qualquer turista de um safari ao ver como o hipopótamo brinda a câmara com uma exibição da arte de excrementar em abundância e sem tabus. Os biólogos marinhos ainda não sabem o que acontece às fezes das baleias, mas é certo que o maior organismo do planeta tem direito a disparar torpedos onde lhe apetecer. Quando um animal entra em contacto com os humanos, as regras do jogo mudam. Na praça de São Marcos, em Veneza, as fezes dos pombos aterram sobre os telhados e as fachadas medievais, e corroem-nos com ácidos mais destruidores do que a nitroglicerina. Por outro lado, segundo uma supertição romena, os dejectos de pombo sobre um carro indicam boa sorte, por isso é tudo uma questão relativa. No cabo da Boa Esperança, os mandris, que invadiram o parque de estacionamento dos turistas, deixam recordações frescas sobre os capots dos veículos.
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