





São desmantelados para aproveitar os materiais, sobretudo o aço dos cascos. Quase 90% dos 700 barcos que vão para a sucata todos os anos acabam nas praias do Bangladesh, do Paquistão, da Índia e de outros países asiáticos, onde praticamente não há legislação sobre segurança no trabalho e controlo das condições de toxicidade. É uma forma de contornar a Convenção de Basileia, que considera os navios como resíduos tóxicos, devido à grande quantidade de materiais perigosos que contêm na sua estrutura.
"Mazgani é um cantautor Luso-Iraniano, que deu início à sua carreira com a edição do álbum "Song of the new heart" no final de 2007. Um debut aclamado pela crítica especializada, com grandes canções, de belas melodias e uma poesia que dificilmente se enquadram no facto de ser somente um primeiro disco. Após este lançamento, calorosamente recebido pelo público, Shahryar Mazgani procura agora ir mais longe e arriscar mais, abraçando por inteiro o negrume que se adivinha no seu primeiro trabalho. Trilhando ainda no território da canção clássica, podemos encontrar nos novos temas do seu Ep Tell The People (Optimus Discos, Junho 2009) um outro ardor e uma nova violência, onde o desejo e a prece se confundem, e o anseio por luz e transcendência se ouvem na voz apaixonada de Mazgani. Mazgani começou a cantar em 2004, contando Leonard Cohen, Nick Cave e Tom Waits como alguns pontos de referência da sua voz artística. Para além da poesia e da intensidade dos seus temas, que já apresentou ao vivo pelo território nacional este ano, tanto em actuações a solo como em concertos com a sua banda, Mazgani conta também com uma presença em palco digna dessas referidas influências. Ao vivo, para além dos seus músicos regulares, Mazgani conta agora pontualmente em alguns concertos com o multi-instrumentista Pedro Gonçalves (Dead Combo), encontrando assim o produtor indicado para concretizar a sua visão. Para as novas gravações, com o engenheiro de som Hélder Nelson, refugiaram-se no antigo CENTA (Centro para Exploração de Novas Tendências Artísticas) em Vila Velha do Ródão, e gravaram não só o novo EP "Tell the People" mas também já faixas para o seu segundo álbum, a ser editado no seguimento do EP, em Portugal e no estrangeiro."
O teletransporte, ou a capacidade de desintegrar um objecto e fazê-lo reaparecer noutro lugar sem mediação de um veívulo físico, ainda é pura ficção científica. No entanto, em 2002, cientistas da Universidade Nacional da Austrália conseguiram decompor um feixe laser e recompô-lo um metro mais adiante. Dois anos depois, físicos da Universidade de Innsbruck (Áustria) e do Instituto Nacional de Padrões e Tecnologia (Estados Unidos) teletransportaram pela primeira vez as propriedades de uma partícula para outra, um fenómeno denominado "teletransferência quântica". A técnica poderá servir, no futuro, para manipular dados nos computadores quânticos.
A primeira coisa que um animal selvagem faz antes de se dar aos prazeres da comida, do sexo e das outras necessidades básicas é inspeccionar os arredores. Segundo os especialistas, a retrete selvagem tem de se acessível e estar livre de espinhas, garras e dentes de inimigos. No entanto, os animais vivem numa liberdade em que as chamdas da Natureza são etendidas sem rodeios, como terá verificado qualquer turista de um safari ao ver como o hipopótamo brinda a câmara com uma exibição da arte de excrementar em abundância e sem tabus. Os biólogos marinhos ainda não sabem o que acontece às fezes das baleias, mas é certo que o maior organismo do planeta tem direito a disparar torpedos onde lhe apetecer. Quando um animal entra em contacto com os humanos, as regras do jogo mudam. Na praça de São Marcos, em Veneza, as fezes dos pombos aterram sobre os telhados e as fachadas medievais, e corroem-nos com ácidos mais destruidores do que a nitroglicerina. Por outro lado, segundo uma supertição romena, os dejectos de pombo sobre um carro indicam boa sorte, por isso é tudo uma questão relativa. No cabo da Boa Esperança, os mandris, que invadiram o parque de estacionamento dos turistas, deixam recordações frescas sobre os capots dos veículos.
Para o escaravelho do estrume, as fezes são o seu sustento, o seu trabalho e o seu ninho. O nome deve-se ao facto de arrastar todos os dias bolas de excrementos com até 200 vezes o seu peso. Estes coleópteros sentem uma especial atracção gastronómica pelas fezes dos herbívoros. Quando encontram o material, começam a retirar bocados e a amassá-los, até formarem uma almôndoga, que depois fazem rolar até ao ninho. Na época da postura, a fêmea deposita um único ovo na bola. A larva fica totalmente coberta, e é neste ambiente que se desenvolve até chegar a adulta.
Quem vive no deserto ou frequenta com assiduidade já teve oportunidade de escutar a melodia longínqua produzida pela areia. O fenómeno já aparece mencionado na literatura do Médio Oriente do século V e em tratados chineses da mesma época, sempre contemplado como um feito sobrenatural. Foi o engenheiro e explorador britânico Ralph Alger Bagnold (1896-1990) quem explicou cientificamente pela primeira vez aquilo a que chamou "canto das areias", no seu tratado The Physics of Blown Sand and Desert Dunes (1941). A melodia forma-se nas dunas e pode ser de dois tipos. O mais agudo, conhecido como "sussurrante", associa-se à areia das dunas das praias e mal dura um segundo; o mais grave e impressionante ocorre nas dunas desérticas. O som surge durante a formação da duna, que cresce devido aos grãos de areia trazidos pelo vento. Quando o montículo alcança uma certa altura e inclinação, os grãos mais superficiais começam a cair e, ao roçarem entre si, emitem aquele som.
Mulher-objecto? Pois agora algumas donas de bom corpo decidiram transformar-se em mulher-bandeja. O body sushi é a última moda culinária da Ásia e dos Estados Unidos, e consiste em degustar comida japonesa sobre o corpo nu ou seminu de belas mulheres (recentemente, também surgiu a versão masculina, vá lá!). fazer vida de bandeja não é fácil: além de ser necessário um corpo escultural, também é preciso etr paciência para ficar imóvel durante duas horas, e saber controlar a respiração para que os makis não caiam. Preço? A partir de 120 euros.
Na Galeria Nacional de Londres, os visitantes puderam apreciar, entre outras obras, 3 peças criadas para a ANAD - Associação Nacional de Anorexia Nervosa. Estas peças reinventaram e substituíram temporariamente 3 outras obras de arte conhecidas, alertando assim para o flagelo desta desordem alimentar.





Que os animais farejam o pavor de uma presa ou de um congénere é algo que os zoólogos verificaram, embora ainda se desconheça que eflúvios corporais informam sobre esta circunstância. Por exemplo, os professores universitários de biologia sabem que os ratos reagem de forma diferente quando são sacrificados por eles ou pelos novos alunos, que evidenciam medo e ansiedade. Talvez o sistema olfactivo dos ratos (que, tal como o de muitos outros mamíferos, é muito mais desenvolvido do que o nosso) capte emanações das hormonas libertadas para lidar com o stress. É possível que este detector de pânico também exista no Homem, embora seja menos sensível. É o que pensa Denise Chen, psicóloga da Universidade Rice (Houston, Estados Unidos). Chen e a sua equipa submeteram um grupo de voluntários a uma primeira prova em que, durante uma sessão de filmes de terror, recolheram o suor das suas axilas. Numa segunda fase, as cobaias tinham de responder a uma série de perguntas enquanto cheiravam ao acaso pedaços de gaze impregnados com o odor axilar ou com outros aromas. O resultado foi que as respostas eram mais rápidas e correctas quando cheiravam o odor a medo.

A maior parte dos mortais sente uma especial satisfação ao transgredir as normas. Um bâton que cai "acidentalmente" dentro da mala, uma cerveja que nos "esquecemos" de pagar... São momentos doces em que o temor de ser descoberto produz uma autêntica sensação de prazer. É aquilo a que os especialistas chamam "medo consciente", um temor gratificante que não é tão doloroso como o que experimentamos face a uma ameaça externa. Foi o que verificou o psicólogo inglês Michael Belint, que afirma que a diversão do "lado escuro" aparece porque somos responsáveis pela atracção e podemos controlá-la. No entanto, nem toda a gente vive com a mesma intensidade o desejo do proibido, devido a factores ambientais e genéticos que o modulam. Por exemplo, o bioquímico Dean Hamer, do Centro Nacional norte-amaericano do cancro, detectou uma relação entre a coragem e o gene D4DR. Os portadores de uma versão concreta deste mostram maior inclinação para o risco e o proibido.
Ninguém gosta de reconhecê-lo, mas todos tivemos pensamentos impuros, daqueles que depois temos de ir contar ao confessionário. Dizem os psicólogos que a maioria dos pecadilhos mentais tem a ver com enganar o/a parceiro/a ou cometer algum ilícito laboral. Recusamo-los com horror porque, como assinala o psicólogo Pepper Schwartz, da Universidade de Washigton, fazem-nos sentir "como animais, como indivíduos à margem das convenções sociais". No entanto, não devem ser causa de alarme, já que apenas significam que temos preocupações em relação ao tema em causa.

A expressão "enurese nocturna" é o tecnicismo utilizado pelos pediatras e psicoterapeutas para definiram a incontinência urinária de que sofrem muitas crianças enquanto dormem. Costuma surgir entre os dois e os seis anos, e é mais frequente nos meninos. As causas podem ser físicas, mas a maioria dos casos surge devido a um conflito emocional, como a alteração de escola ou o nascimento de um irmão. Os especialistas estão de acordo em que a melhor forma de não traumatizar a criança é tratar o assunto com normalidade.