30 janeiro 2008
22 janeiro 2008
21 janeiro 2008
idEntiDADE pERDida E achAdA eM Londres
Os passeios pelas agitadas ruas de Carnaby chegaram ao fim cedo de mais, era noite do dia 17 de Janeiro. Tinha perdido a minha identidade. Na metrópole londrina, eu não era ninguém, nem eu mesma.
Naquela cidade ninguém é ninguém e porém todos são alguém. Lá nascem e se constróem identidades. A minha, perdeu-se. As ruas foram revistas, pés a pés, os caixotes do lixo observados de lado nas ruas escuras e húmidas que contrastavam com as luzes dos espaços de onde expeliam grandes bafos de ar quente. E de momento, eu não sentia nem calor nem frio. Apenas um arrepio continuo.
Na manhã seguinte, cinzenta como sempre, rumamos para Oxford Circus.
O idioma era o mesmo e as atitudes provinham, muito claramente, das terras lusas: sentia que estava perto de me encontrar. Mas não.
Perdidos e sempre achados, guiados por mapas e indicações, a Miss Police simpática, descriminou: Ten Euro and £30 – one violet colour purse, one bank card, I.D card issued Portugal, one driving licence, one medical card…Circumstances of the loss: not known last seen in O’Neils.
Os nossos pés deslizavam na calçada regular e húmida entre Oxford Circus e Tottenham Court Road.
Pés deslizantes como fantasmas que passavam anónimos pelas ruas daquela grande cidade.Papeis, descrições, fotocopias, fotografias, assinaturas, telefonemas, faxes, testemunhas para confirmar que eu era eu, eu e mais ninguém.Com o tempo contado, minutos e segundos apertados, o pânico já estava instalado.
Teria eu de continuar a ser ninguém em terras desconhecidas?
Teria eu de passar dias e noites em áreas internacionais?
Teria eu de ficar onde não queria, quando o que mais tinha desejado era ir?
Não.
Com ar de ex-presidiária, olhos inchados e cabelo despenteado, a minha fotografia ornamentava o Provisional Travel Document.
Eu estava de volta a mim própria. E podia voltar a Portugal.
E voltei.
Thanks to everyone for everything For good times and bad times.
Thanks to everyone for everything For good times and bad times.
06 janeiro 2008
lonDOn

Algumas foram até lá, outras nasceram e criaram-se na grande metrópole europeia.
Projectando grandes e duradouros edifícios, estabelecendo instituições e tradições, escrevendo ou pintando a cidade.
Todos deixaram e deixam as suas marcas.
Amigos, agora é a nossa vez.
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